Um dia qualquer, após cobrir a minha jornada de serviço, ligo a tv e um retumbante gladiador romano copa da tela; sobreimpresionada, aparece a frase ‘Invictus’. É um anúncio de perfume masculino, a sua mensagem distante de ser subliminar, é mais do que compreensível. Ele é ‘o homem’, vencedor invencível, o símbolo da superioridade masculina. Muito a meu pesar rememoro imagens de outros anúncios televisivos de perfumes protagonizados por mulheres que, longínquo de mostrar-se como invictas luchadoras, oferecem seus atributos femininos em detrimento dos mentais, apresentadas como objeto de desejo, uma mera ferramenta sexual.
Estes anúncios protagonizados por protótipos femininos, na sua maioria, estrelas da fábrica de hollywood, triunfam na união das feromonas naturais que desprende-se da famosa dúvida, somadas às de artifício do perfume que anunciam. A sensual cabide da fêmea subyuga a todos os galanes presentes no anúncio. Belíssimos, cair rendidos aos seus encantos.
Ao longo da história, as mulheres, temos cedido o poder somente em casos excepcionais em que nos é permitido. Apesar disso, algumas da gente têm interesse nele e, passo a passo, fomos ganhando terreno que tínhamos na justiça. Mas a consecução do objetivo final ainda está longe. Convertida a nossa batalha pela igualdade em uma corrida de obstáculos, pugnamos por apresentar que não se trata de uma pergunta de sexo, entretanto de combater o sexismo.
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Parafraseando o filósofo Jacques Lacan: ‘”A mulher não existe: só existem as mulheres de uma em uma.” A última mulher que tentou quebrar o teto de vidro tem sido Hillary Clinton, reduto feminino nas eleições presidenciais do nação mais poderoso do mundo, Estados unidos. Ela era uma de nossas últimas esperanças para mostrar que queremos ocupar um espaço pela história, e que estamos bem preparados pra esta finalidade. Mas Donald Trump, enorme apóstolo do feminismo, tal e como está demonstrando nos primeiros meses de seu mandato, saiu, como não, “invictus”.
As biografias que recolher esse artigo ambicionam dar esperanças a todas as mulheres que nos esforçamos por mostrar a igualdade entre os sexos. As vidas de todos eles, figuras de destaque em numerosas áreas, dão fé de que nosso cérebro está ao grau do que os homens. As chaves do poder feminino são insondáveis, o tempo tem a última frase.
Singularmente dotada para pronunciar-se se transformou numa verdadeira líder mediática. Treze jovens foram trucidadas por ‘vermelhas’. Mulher, anarquista, libertária e revolucionária. Tudo isso foi Federica Montseny, que durante a Guerra Civil chegou a ser ministra, cargo que até por isso limitado aos homens. Seus projetos foram tão revolucionários como tua personalidade.