Edgar Cabanas: "A Felicidade, Hoje, É Um Produto Que Se Compra" 2

Edgar Cabanas: “A Felicidade, Hoje, É Um Produto Que Se Compra”

A alegria hoje se transformou em alguma coisa onipresente, o motor fundamental de nossas vidas. Mas não é sempre que foi dessa maneira, Não, em absoluto. O conceito atual de alegria é bastante recente. Em inglês, por exemplo, a palavra happiness (satisfação) vem de hap, um verbo que significa ter sorte.

E, contudo, hoje, a alegria não é concebido como uma questão que tenha a acompanhar com a sorte, com a interessante riqueza ou com as ocorrências. O que se sabe hoje por alegria? A felicidade hoje é concebido como alguma coisa pessoal, como uma coisa que cada um decide. É uma ideia muito simplista e redutora, que responsabiliza o cidadão injustamente de seus sucessos e seus fracassos. De acordo com este raciocínio, em vista disso o que é deprimido é porque merece, por causa de não trabalhou o suficiente para obter a felicidadEso é. Como a alegria é uma charada de alternativa e de força de desejo, o sofrimento acaba tornando-se da mesma forma em uma charada de seleção pessoal.

Se uma pessoa sofre, é porque ele quer, pelo motivo de ele merece, já que não há o suficiente para estar bem. Supõe-Se que há uma ciência da felicidade que oferece as chaves para ser feliz e se não as aplica, é pelo motivo de é preguiçoso, em razão de é um suprimido, pelo motivo de não se cuida o bastante. Sempre é uma pergunta de responsabilidade pessoal.

o Não têm em conta os condicionamentos sociais e econômicos pra hora de avaliar se alguém é feliz ou não? No conceito atual de alegria, e essa é uma das opiniões que lhe fazemos. A idéia atual de satisfação é muito individualista, não apenas em razão de apresenta ao indivíduo uma entidade autônoma que, com frequência, não tem todavia bem como pelo motivo de é muito pouco sensível pro social.

Efetivamente, os defensores do conceito de satisfação sustentam que as circunstâncias não importam muito, o que depende mais da atuação do sujeito diante as situações que as circunstâncias em si mesmas. A idéia é que cada um pode fazer a sua biografia a gosto. Esse conceito de felicidade mesmo levar em conta o fracasso como uma chance pra amadurecer, Sim. Está muito integrada a idéia de que as adversidades conseguem ser uma oportunidade de crescimento pessoal. A idéia de resiliência, por exemplo, tem uma ressonância muito potente com esse discurso.

Todo o mundo domina que, quando um tiver dificuldades, o que é normal, saudável e razoável enfrentá-lo, não desistir à primeira, tentar focalizar a ocorrência de outra maneira. Mas isto com freqüência se torna um discurso tirano que estigmatiza a pessoa que concretamente não pode resolver os seus problemas. E essa pessoa sofre, pois, duas vezes: sofre com as dificuldades que tem e sofre com a responsabilidade de não poder ultrapassar essas ocorrências, pelo motivo de se supõe que deveria poder.

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Se você reclamar, se você vai mal, toda a falha se deve olhar como uma oportunidade para crescer. O universo da auto-ajuda, do coaching, prega isto. Existe ideologia política por trás deste conceito de alegria? O primeiro é desmontar que isto seja científico. Os cientistas da satisfação argumentam que eles exercem ciência pura e dura, como se fosse Física, Biologia ou Química.

Mas são cientistas sociais, e todos os cientistas sociais partem, inevitavelmente, de pressupostos e de preconceitos. Este conceito tão individualista da alegria, Sim. Quando se concentra muito no indivíduo, se borrar as perguntas sociopolíticas. Sem parecer, visto que sempre tem o fundamento neutralizador da ciência, a de que a alegria é um discurso muito ideológico e político. E o que não o pareça, agora é danoso, em razão de você precisa saber de onde quota, em que mundo de significados tem êxito o que nos contam a respeito da felicidade. O fundamento científico tende a ser concluente, e desmontá-lo, leva bem mais tempo e esforço do que construí-lo.

Não apenas há que desconstruir esse jogo, deixar claro que isto não é ciência, entretanto sim apresentar assim como que por trás há muita política. Em seu livro dizem que este conceito de satisfação ligada ao pensamento afirmativo é o planejou, basicamente, Martin Seligman, presidente da Associação Americana de Psicologia, Sim. Seligman é um personagem muito intrigante e muito, muito inteligente. Foi ele quem cunhou o termo “impotência aprendida”.

Um de seus experimentos consistia em gerar isso, impotência aprendida. Punha a inmensuráveis cães numa gaiola electrificada e lhes dava descargas elétricas, ao acaso, pra enxergar se continuavam tentando se aproximar da trilhos ou não. Pois não: não o seguiam tentando, tinham aprendido que estavam indefesos. Seligman pegou este experimento e o transformou numa descrição do otimismo, concluiu que havia cães que não se davam por vencidos e que esses, os que não se rendiam, eram os que valiam. Começou a publicar livros de auto-socorro muito divulgadores e ficou muito famoso.

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