O Ressurgir Da Esquerda? 2

O Ressurgir Da Esquerda?

Está a coisa, a política, como pra opinar. Se você descobre por causa de você encontra, se você não acha, por causa de não descobre. No frenesi da atualidade acalorada em que andamos metidos, todos falavam e todos criticamos no conforto do teu sofá descascando as castanhas. É simples. O móvel serve de praça pública, para colocar de volta e meia os participantes do OT, Mariano Rajoy, ou a Puigdemont.

O mesmo dá. Todos nós somos tertulianos, advogados, árbitros e especialistas em música. O rien ne va plus. Há outras semanas, ou mais, não há nenhuma maneira de falar civilizadamente ou em redes ou em bares já que a explicação está mais dividida do que a pedrea. Todos ganham. Ninguém quer perder um debate e das dificuldades verbais terminam em luta interminável. Não desejo sonhar em como serão os jantares de natal que se aproximam.

Vendo outro dia que a praça estava tão animada, me permiti lançar uma opinião sencillita, de pouca substância, e eu escrevi no Twitter, que é onde se cozem os ódios e os amores, até o paroxismo. Aos 5 minutos, no tempo em que eu comia as almôndegas que fizera a minha mãe, que conviveu com ameaças, latidos e uma diversidade de adjetivos qualificativos dignos de videos do oeste. Que facilidade tem o ser humano para insultar, caralho. Eu guardei silêncio e continuei mastigando sempre que lia respostas em cadeia.

De tanto odiar fizemos muscular pra agarradas. Que verbo mais afiado para doar flores, aconselhar os dentes e tomar as unhas. Alguém me dizia para tomar cuidado com destinar-se a esse site a assinar meus contos. Sic. Abri os olhos como se fosse segunda-feira. Que pele mais fina e qual o gatilho muito rapidamente, como diria Gaspar Llamazares. Não entendo se o tempo de instabilidade política assim como gera uma instabilidade emocional, porém parece que as redes trouxeram ao australipiteco que habita em nosso interior.

não importa o sexo, não importa a idade, não importa a procedência. A realidade é que andamos distribuindo cera como se fosse Karate Kid, de tudo tiramos a parte negativa e se poderá dirigir-se a pior, vai a pior. Se existe a alternativa de nada vai bem entre haverá nada vai bem entre. No inchamento, dizem, faz-se o marinheiro experiente.

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Mas nesse lugar vos digo: tanta inchamento maré. A estas horas, jornal na mão, invoco o deus de toda a serenidade e os poleos hortelã. E se existe, que saia pelas teclas, pelas frases, pelos tribunais e pelos parlamentos. Um tanto de prazeroso senso e uma pitada de calma melhoram o ensopado. O panorama é agitada, não há mais que enxergar, e os protagonistas, assim como. É insana essa paranóia.

Omeprazol e Lexatin a cascoporro, por gentileza. As loucuras, que sejam de amor, disse-me. Isso sim, uma última coisa. Quanto mais dementes vejo, mais aspiro a minha cadela. Pesquisas garantem uma reta desfecho em que se enfrentariam da extrema-direita Marine Le Pen e o independente Emmanuel Macron. Os partidos tradicionais parecem descolgarse: Fillon (conservador), pode pagar caro os seus escândalos, e Hamon (socialista) está muito atrás nas pesquisas. Emmanuel Macron: revelação ‘transversal’. Marine Le Pen: a ponta de lança de extrema-direita europeia.

François Fillon: um veterano atingido pelo escândalo. Benoît Hamon: o ressurgimento da esquerda? As pesquisas de opinião não são ainda suficientemente conclusivos pra que você possa cantar vitória, no entanto o correto é que o Pen está mais perto do que nunca do Eliseu. Além da descida do suporte aos partidos mais convencionais (conservadores e socialistas), a incoerência, deste jeito, é ainda muito alta, em alguns comícios que são capazes de ser cruciais para o futuro da Europa. Nas eleições de abril, a décima primeira eleição presidencial da Quinta República, os cidadãos elegem o que será o Chefe de Estado no decorrer dos próximos cinco anos.

trata-Se da primeira vez na história do regime atual (em atividade a começar por 1958), em que o presidente de saída (nesse caso, o socialista François Hollande) não se exibir à reeleição. Após as eleições presidenciais serão realizadas entre os dias onze e 18 de junho, eleições parlamentares.

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